MAR DE DESGRAÇA
Passou batida pela maioria a trágica previsão de extinção das espécies marinhas nos próximos 40 anos. O ritmo alucinado do consumo, aliado a um controle quase zero da pesca, à poluição crescente da foz dos rios e costas, à exploração do petróleo em águas profundas, ao aumento da temperatura dos mares em razão do aquecimento global, tudo isso vai traçando um quadro aterrador para as futuras gerações. Nosso planeta azul se tornará cinza e sem vida em apenas uma geração.
Acredito no motto "agir localmente, pensar globalmente". O que podemos fazer? Consumir menos peixe? Isso seria inútil e totalmente despropositado. Não são as pequenas colônias de pescadores as responsáveis pelo desastre. Ao contrário, elas são vítimas fatais da ganância industrial a que está submetida a vida marinha. Podemos e devemos fiscalizar o cumprimento das leis de proteção ambiental em relação a baías, lagos, rios, lagoas, enfim, ambientes marinhos. Podemos e devemos nos engajar em projetos de proteção de espécies ameaçadas. Podemos e devemos denunciar a ação predatória dos grandes conglomerados pesqueiros, especialmente barcos frigoríficos estrangeiros que atuam em águas brasileiras.
Como disseram os pesquisadores, ainda há tempo para reagir. Mas se não fizermos nada, seremos de novo derrotados pela ganância. Salvemos nossos mares! Agora!
Antonio Basílio
p.s. Depois de um exílio forçado pelas circunstâncias, me junto novamente aos Fiapos e aproveito para saudar a chegada dos amigos Marcelo e Lucas. Bem-vindos!
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