sábado, setembro 30, 2006

A PROPÓSITO

A diferença entre o clown e o bufão é que o clown está sozinho, enquanto o bufão faz parte de um bando. Registre-se também que zombamos do clown, enquanto os bufões zombam de nós.(Jacques Lecoq).

ORA PRONOBIS


O Brasil chora a tragédia do vôo 1907, que deixa o sábado mais nublado em todas as regiões do país.

PULANDO A FRONTEIRA 2


Hermann Nass

O boliviano Jose Miguel tem aulas de violino no Moínho Cultural. Todos os dias ele sai de casa, passa pela ponte que divide Brasil e Bolívia e pega uma condução até Corumbá.
Jose teve problemas para chegar à escola de música durante o período em que a fronteira ficou fechada, resultado das medidas do governo boliviano em relação às empresas brasileiras. Os próprios bolivianos se revoltaram contra a medida, que lhes custou o emprego. O garoto de doze anos não se intimidou, se esgueirou por uma brecha, atravessou o rio por debaixo da ponte, andou oito quilômetros até Corumbá e chegou a tempo de tocar violino. Durante o período em que a fronteira ficou fechada, Jose compareceu a todas as aulas. Seu sonho: ser um grande músico e tocar em Paris.

BOM DIA!

SAUDADE DOS CANDANGOS

Uma cidade bonita apenas na fotografia. (Toninho Vaz)

AINDA FLORIPA

Na espetacular praia Jurerê Internacional, onde as mansões se sucedem, o joão-de-barro construiu a dele. (Foto Toninho Vaz)

sexta-feira, setembro 29, 2006

PULANDO A FRONTEIRA 1


Hermann Nass

Esta foto marca o final da captação de um filme sobre o Projeto Vale Música, desenvolvido em Corumbá. Estou (de camisa amarela) cercado pelo câmera Daniel Andrade e pelos simpáticos gestores deste projeto, que vem mudando a vida de mais de 200 jovens brasileiros e bolivianos. Eles aprendem a tocar diversos instrumentos musicais e têm aulas quinzenais com membros da Orquestra Sinfônica Brasileira, como o violinista e regente Leonardo Bessler. Além de violino e violoncelo, instrumentos principais, as crianças têm aulas de instrumentos de sopro, como saxofone e flauta, e de corda, como violão e a regional viola de cocho. Piano e percussão completam o naipe.

GAMBARZEIRA

Em homenagem a todos os cartunista, parei para tomar uma gelada neste boteco em Floripa. Vocês não podem ver, mas atrás do Vinicius Alves, fotógrafo e poeta, tem uma praia que mais parece um papel-de-parede, linda de morrer. Sem mais, recebam um abraço demorado do


Toninho Vaz, de Floripa

ARTE DE RUA 3

quinta-feira, setembro 28, 2006

FIGUEIRA SÍMBOLO

Trago noticias da figueira da Praça XV, em Florianópolis: ela está no mesmo lugar, frondosa, fazendo sombra e abrigando - como sempre - as animadas rodas de conversas. Tudo a 50 metros do Senadinho, o café favorito dos catarinas. (Foto Toninho Vaz)

quarta-feira, setembro 27, 2006

ARTE DE RUA 2

...E AQUI VAMOS NÓS!


by R. Crumb

DIÁRIO DE VIAGEM 2

CASA DE PRAIA
Falei aqui, ontem, da praia Jurerê Internacional, em Floripa, onde fiquei hospedado por uns dias da semana passada. Seus moradores, na maioria gringos europeus e americanos, construíram um lugar exemplar para curtir conforto, segurança e o que resta da natureza. Nem sombra de mendigos ou gente desocupada. Como num condomínio da Flórida.



MESA REDONDA
Descontração depois da minha última palestra em Floripa, no CIC, Centro Integrado de Cultura de Florianópolis. Aqui estou entre Nilo Kaway, Diretor Geral do CESUSC, um complexo de ensino universitário para quase 3 mil alunos; o poeta Vinicius Alves, também churrasqueiro e editor; e a suave Mary, Diretora do CIC e, portanto, minha anfitriã. Todos envolvidos com literatura. Minha palestra Introdução à Poética de Paulo Leminski, na quarta-feira, no CESUSC, teve auditório cheio e um animado bate papo. Como eu costumo dizer: POESIA NELLES!

.
Toninho Vaz, de Santa Teresa

terça-feira, setembro 26, 2006

PACEÑA NA CABEÇA

Hermann Nass

Um dos melhores momentos de minha viagem para Corumbá e redondezas foi degustar dessas geladíssimas cervejas bolivianas. Foi neste botequim de beira de fronteira que me recuperei de um susto enorme: um cachorrão me atacou e só não cravou os dentes na carne porque levantei o pé e o gigante mordeu o meu tênis novo. As marcas estão lá para quem quiser ver. Passado o susto, ainda tive que engolir as piadinhas da equipe da produtora MIDMIX que me acompanhava durante captação de um filme. O cachorro, diziam, só entendia espanhol e eu gritara em português.

DIÁRIO DE VIAGEM 1

A primeira surpresa, ainda no Galeão, foi um labrador de 4 anos ocupando a primeira fila do vôo 1602 da GOL com destino a Floripa. Cena incomum patrocinada pela norte-americana Jacqueline S. , deficiente visual que se apóia nas destrezas de Webster para atravessar o mundo e curtir férias na antiga Ilha do Desterro. (Eu pude acompanhar o cachorro, desde o cheking até o avião – e seu desempenho foi simplesmente exemplar. O esperto animal parava e considerava outros caminhos possíveis além do óbvio – e acabou aderindo à maioria ao seguir pelo finger.) Pendurado ao seu pescoço um aviso para os incautos: “Não me toque. Estou trabalhando”.

Em Floripa, sem nenhum trauma participei do lançamento do livro Paulo Leminski: do carvão da vida o diamante do signo, do escritor catarinense Jayro Schmidt, para o qual escrevi o prefácio. Os quatro ensaios de Jayro, abordando o Leminski biógrafo, missivista, prosador e poeta, funcionam como um guia para quem se aventure ao entendimento do mood psicológico, emocional e literário de Leminski. A iniciativa do evento, que incluía minha palestra (sala lotada), foi do CESUSC, na figura de Nilo Kaway, que aparece nesta foto abrindo os trabalhos da noite. Ele fez tudo em parceria com a editora BERNÚNCIA, metralha literária do guerreiro Vinicius Alves, poeta e tradutor (no canto direito da foto).

Sem nenhum trauma fui descansar no dia seguinte na praia de Jurerê Internacional. Vocês conhecem? Coisa de cinema. Condomínio de alto luxo com cuidados básicos na preservação da mata nativa, que se mantém incólume numa faixa aproximada de 20 ou 30 metros entre a areia e a primeira mansão. O modelo de condomínio é americano e entre outras virtudes garante trabalho braçal a quase uma centena de nativos da região de Canasvieiras e Jurerê, além de empregos indiretos. Carpinteiros e faxineiras são os mais requisitados. Encontrei algumas aberrações arquitetônicas entre as mansões, mas a maioria traduz bom gosto e limpeza ao estilo dos gringos, é claro!
.
Toninho Vaz, de Florianópolis
(foto da mesa, Marco Vasques)

segunda-feira, setembro 25, 2006

SOLDA

ARTE DE RUA

ASSIM SE DERRUBA UMA MANGUEIRA

Hermann Nass

Facão em punho, no alto da árvore, homem vai cortando galho após galho da mangueira lá do quintal da escola de Botafogo. A árvore vai ficando pelada e as manguinhas verdes já cobrem o pátio. Quantos dias ainda restam para a velha mangueira?

A MÃO PESADA DO ROCK

Alexandre Moreira Leite

Há 16 anos o rock perdia um dos seus grandes bateristas: John Bonham, do Led Zeppelin. Bonzo, como era conhecido, cresceu tocando em qualquer coisa que fizesse som. Seu ídolo era o mestre Gene Krupa. Participou de vários grupos na Inglaterra, onde ganhou a fama de destruidor de baterias. No final da década de 60, conheceu o vocalista Robert Plant. Logo, os dois se juntaram à Jimmy Page e John Paul Jones para formar o Zeppelin. Bonham gostava de tocar com as baquetas mais pesadas disponíveis. Sua batida forte foi uma das marcas registradas da banda. Ele morreu em 1980. Na época, a imprensa especulou que a causa da morte teria sido uma overdose, mas os legistas nada encontram durante a sua autópsia.

A Confeitaria Brilho Musical recomenda dois solos clássicos de John Bonham para esta segunda-feira:

“Moby Dick”, do disco ao vivo “The Song Ramains the Same”.

“Bonzo’s Montreux”, do disco “Coda”.

domingo, setembro 24, 2006

POESIA NOS MUROS DE GAZA 3

Mais um grafite bem legal de um muro na Faixa de Gaza.

NEVERMIND - 15 ANOS

Alexandre Moreira Leite

Os caras já entraram chutando a porta. No primeiro CD, "Bleach" (1989), o Nirvana chamava a atenção para o som que estava sendo feito nas garagens de Seattle. Grunge para alguns, alternativo para outros. Muito bom para muitos. O rock, depois de um longo período de mesmice, parecia estar salvo.

A certeza veio no dia 24 de setembro de 1991. Chegava às lojas dos Estados Unidos, com modestas 50 mil cópias, o segundo trabalho do grupo: “Nevermind”. Um mês depois, o disco atingiu 500 mil cópias vendidas e a banda faturou o primeiro disco de ouro. Farejando sucesso, a MTV pôs no ar, várias vezes por dia, o clipe da clássica “Smell Like a Spirit”. Em novembro, já eram 1 milhão e 200 mil cópias e um lugar entre os dez mais da Billboard. O sucesso chegou com o Natal. O Nirvana desbancou Michael Jackson e atingiu o topo das paradas americanas.

Hoje, passados exatos quinze anos do seu lançamento, “Nevermind” já vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo. O CD é considerado por muitos como um dos melhores da história do rock.

A Confeitaria Brilho Musical recomenda, para este domingo, todas as 12 faixas de “Nevermind” , com direito a várias repetições de “Smell Like a Spirit” e “Lithium”. O som dos caras continua super atual.