sábado, setembro 30, 2006
PULANDO A FRONTEIRA 2
Hermann Nass
O boliviano Jose Miguel tem aulas de violino no Moínho Cultural. Todos os dias ele sai de casa, passa pela ponte que divide Brasil e Bolívia e pega uma condução até Corumbá.
Jose teve problemas para chegar à escola de música durante o período em que a fronteira ficou fechada, resultado das medidas do governo boliviano em relação às empresas brasileiras. Os próprios bolivianos se revoltaram contra a medida, que lhes custou o emprego. O garoto de doze anos não se intimidou, se esgueirou por uma brecha, atravessou o rio por debaixo da ponte, andou oito quilômetros até Corumbá e chegou a tempo de tocar violino. Durante o período em que a fronteira ficou fechada, Jose compareceu a todas as aulas. Seu sonho: ser um grande músico e tocar em Paris.
sexta-feira, setembro 29, 2006
PULANDO A FRONTEIRA 1
Hermann Nass
Esta foto marca o final da captação de um filme sobre o Projeto Vale Música, desenvolvido em Corumbá. Estou (de camisa amarela) cercado pelo câmera Daniel Andrade e pelos simpáticos gestores deste projeto, que vem mudando a vida de mais de 200 jovens brasileiros e bolivianos. Eles aprendem a tocar diversos instrumentos musicais e têm aulas quinzenais com membros da Orquestra Sinfônica Brasileira, como o violinista e regente Leonardo Bessler. Além de violino e violoncelo, instrumentos principais, as crianças têm aulas de instrumentos de sopro, como saxofone e flauta, e de corda, como violão e a regional viola de cocho. Piano e percussão completam o naipe.
quinta-feira, setembro 28, 2006
quarta-feira, setembro 27, 2006
DIÁRIO DE VIAGEM 2
Falei aqui, ontem, da praia Jurerê Internacional, em Floripa, onde fiquei hospedado por uns dias da semana passada. Seus moradores, na maioria gringos europeus e americanos, construíram um lugar exemplar para curtir conforto, segurança e o que resta da natureza. Nem sombra de mendigos ou gente desocupada. Como num condomínio da Flórida.
MESA REDONDA
Descontração depois da minha última palestra em Floripa, no CIC, Centro Integrado de Cultura de Florianópolis. Aqui estou entre Nilo Kaway, Diretor Geral do CESUSC, um complexo de ensino universitário para quase 3 mil alunos; o poeta Vinicius Alves, também churrasqueiro e editor; e a suave Mary, Diretora do CIC e, portanto, minha anfitriã. Todos envolvidos com literatura. Minha palestra Introdução à Poética de Paulo Leminski, na quarta-feira, no CESUSC, teve auditório cheio e um animado bate papo. Como eu costumo dizer: POESIA NELLES!
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Toninho Vaz, de Santa Teresa
terça-feira, setembro 26, 2006
PACEÑA NA CABEÇA
Hermann Nass
DIÁRIO DE VIAGEM 1
Em Floripa, sem nenhum trauma participei do lançamento do livro Paulo Leminski: do carvão da vida o diamante do signo, do escritor catarinense Jayro Schmidt, para o qual escrevi o prefácio. Os quatro ensaios de Jayro, abordando o Leminski biógrafo, missivista, prosador e poeta, funcionam como um guia para quem se aventure ao entendimento do mood psicológico, emocional e literário de Leminski. A iniciativa do evento, que incluía minha palestra (sala lotada), foi do CESUSC, na figura de Nilo Kaway, que aparece nesta foto abrindo os trabalhos da noite. Ele fez tudo em parceria com a editora BERNÚNCIA, metralha literária do guerreiro Vinicius Alves, poeta e tradutor (no canto direito da foto).
Sem nenhum trauma fui descansar no dia seguinte na praia de Jurerê Internacional. Vocês conhecem? Coisa de cinema. Condomínio de alto luxo com cuidados básicos na preservação da mata nativa, que se mantém incólume numa faixa aproximada de 20 ou 30 metros entre a areia e a primeira mansão. O modelo de condomínio é americano e entre outras virtudes garante trabalho braçal a quase uma centena de nativos da região de Canasvieiras e Jurerê, além de empregos indiretos. Carpinteiros e faxineiras são os mais requisitados. Encontrei algumas aberrações arquitetônicas entre as mansões, mas a maioria traduz bom gosto e limpeza ao estilo dos gringos, é claro!
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Toninho Vaz, de Florianópolis
segunda-feira, setembro 25, 2006
A MÃO PESADA DO ROCK
Alexandre Moreira Leite
domingo, setembro 24, 2006
NEVERMIND - 15 ANOS
Alexandre Moreira Leite
Os caras já entraram chutando a porta. No primeiro CD, "Bleach" (1989), o Nirvana chamava a atenção para o som que estava sendo feito nas garagens de Seattle. Grunge para alguns, alternativo para outros. Muito bom para muitos. O rock, depois de um longo período de mesmice, parecia estar salvo.
A certeza veio no dia 24 de setembro de 1991. Chegava às lojas dos Estados Unidos, com modestas 50 mil cópias, o segundo trabalho do grupo: “Nevermind”. Um mês depois, o disco atingiu 500 mil cópias vendidas e a banda faturou o primeiro disco de ouro. Farejando sucesso, a MTV pôs no ar, várias vezes por dia, o clipe da clássica “Smell Like a Spirit”. Em novembro, já eram 1 milhão e 200 mil cópias e um lugar entre os dez mais da Billboard. O sucesso chegou com o Natal. O Nirvana desbancou Michael Jackson e atingiu o topo das paradas americanas.
Hoje, passados exatos quinze anos do seu lançamento, “Nevermind” já vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo. O CD é considerado por muitos como um dos melhores da história do rock.
A Confeitaria Brilho Musical recomenda, para este domingo, todas as 12 faixas de “Nevermind” , com direito a várias repetições de “Smell Like a Spirit” e “Lithium”. O som dos caras continua super atual.