quinta-feira, outubro 05, 2006
DA SÉRIE: O EXTERMINADOR DE MANGUEIRAS
Hermann Nass
Certa vez, lá pelo início da década de 1980, quando lutávamos para banir a ditadura, presenciei o desabafo (in)conformado de um militante da ala mais radical da esquerda:
"Companheiro, a luta continua! Ainda temos um fusca e uma metralhadora!"
SINCERIDADE E PÃO DE QUEIJO
O deputado, agora senador eleito, Francisco Dornelles, sobrinho de Tancredo Neves, é convidado para dar uma entrevista numa grande rede de televisão. Chegando lá, resolve fazer uma boquinha na cantina, momentos antes da gravação do programa. Meio da tarde, cantina cheia, o deputado se exime de passar primeiro no caixa para fazer os pedidos. Vai ao balcão e escolhe:
- Um pão de queijo e um suco de laranja, por favor.
Enquanto espera, como bom político, aproveita para vender seu peixe, fazer seu proselitismo. Normal. Vai juntando povo para ouvir o discurso do nobre deputado. O pão de queijo é devorado rapidamente, o suco desce que nem água. Empolgado, não se sabe pelo público ou pelo frescor do pão de queijo, Dornelles emenda:
- Outro pão de queijo, um mate e... de quê é mesmo aquele docinho?
- Côco, doutor.
- Me vê um pedaço de bolo, então.
Belos motivos para continuar o discurso, ampliar suas bases em meio a formadores de opinião. Papo vai, papo vem, eis que chega a hora da gravação. O deputado Dornelles dribla a fila, chega no caixa e fala com aquela dose de sinceridade.
- Quanto é o mate, minha filha?
- 1,20.
- Ah, bom. Toma aqui, 2 reais, e pode ficar com o troco.
E sai apressado rumo ao estúdio.
Se no bar é assim, imagine o que ele não faz com uma emenda do orçamento.
Antonio Basílio
quarta-feira, outubro 04, 2006
A VOZ DO ROCK
Alexandre Moreira Leite
Há vinte e seis anos, e menos de um mês depois de Jimi Hendrix, Janis Lyn Joplin embarcava para a sua última viagem. No dia 04 de outubro, depois de uma overdose de heroína, a maior cantora da história do rock foi encontrada morta em um quarto de hotel em Hollywood. No início da década de 60, esta texana que nasceu ouvindo blues e que cresceu lendo os poetas da beat generation, se mudou para a efervescente São Francisco e logo estava fazendo sucesso nos palcos da cidade. Sua carreira foi curta, apenas quatro discos. Os dois primeiros foram gravados com a Big Brother and The Holding Company: “Big Brother and The Holding Company” (1967) e “Cheap Thrills” (1968), que tinha “Summertime” como destaque. O terceiro foi com a Kozmic Blues Band: “I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama!” (1969). Seu primeiro trabalho solo foi também o seu melhor disco. Só que Janis morreu sem vê-lo pronto. Merecia. “Pearl” (1971) é uma obra prima.
Confeitaria Brilho Musical recomenda todas as faixas de Pearl para esta quarta-feira.
Move Over (Janis Joplin)
Cry Baby (Jerry Ragovoy, Sam Bell)
A Woman Left Lonely (Dan Penn, Spooner Oldham)
terça-feira, outubro 03, 2006
COLUNA (NADA) SOCIAL
Toninho Vaz, de Santa Teresa
Dia de churras aqui em casa pode não ter sol, mas sempre tem boa conversa - prática das mais prestigiadas pelos meus amigos. Foi o caso desta tarde de sábado que contou com o violão inspirado de Renato Piau, o maestro oficial de Melodia. No flagrante (no bom sentido, pois eles bebem apenas cervejinha), os casais Henrique Lago & Tania Celidônio e José Joffly & Cândida (que conheço desde priscas eras). Foi muito bom, rapazes!
segunda-feira, outubro 02, 2006
domingo, outubro 01, 2006
MEDO DE AVIÃO
Antonio Basílio