MEDO DE AVIÃO
Hermann Nass
Estou pensando em viajar. Mas estou com medo. Os acidentes envolvendo aviões, navios e barcos viraram rotina. Quando vejo aviões e helicópteros se aproximarem de maneira assustadora do
Hermann Nass
Estou pensando em viajar. Mas estou com medo. Os acidentes envolvendo aviões, navios e barcos viraram rotina. Quando vejo aviões e helicópteros se aproximarem de maneira assustadora do
Hermann Nass
Sei não. Tem dias que eu abro um caderno de jornal e fico desapontado com a abordagem de certas matérias de capa. Agora sai um materião redescobrindo a pinga - do mesmo jeito que redescobrem a Lapa ou Santa Tereza todo ano - e elevando-a à posição de bebida chique, de conhecedores ...
Pois não é de hoje a pinga figura entre as três bebidas mais vendidas no mundo, isso mesmo! Em tudo quanto é canto. É só perguntar em qualquer um dos botequins da cidade qual a bebida que mais sai (a enquete não vale nos botecos chiques, de grifes e franquias, aqueles que se espalham pela cidade de uma forma meio patricinha). Quem pega estrada sabe que logo aparecem as placas indicando as excelentes cachaças da nossa terrinha.
Na Alemanha, entre 1985 e 1990, eu trabalhei em um bar cahamado Ruhestörung, algo
E tomava aquele porre de cachaça.
Alexandre Moreira Leite
Hermann Nass
Tirei esta foto de Parauapebas no começo do ano, durante filmagens em Canaã dos Carajás, a cidade vizinha, encravada na Província MIneral de Carajás, no Pará. Há 20 anos, esse lugar se resumia a uma rua de barro, com barracos de madeira e miséria por todos os lados. Quando geólogos descobriram grandes reservas minerais nesta região, lá pelos idos da década de 1980, começou a chover gente de tudo quanto é lado naquele novo paraíso para os aventureiros da vida. Os índios Xikrin do Cateté habitavam terras de floresta tropical na imediações e começaram a brigar por suas terras, cobrando pelas as atividades de mineração e, principalmente, pela passagem de uma ferrovia que escoa o minério de Carajás até São Luís, no Maranhão.
Nesta semana, mais uma vez, os índios paralisaram a ferrovia e, conseqüentemente, interroperam o escoamento dos minérios para exportação e o transporte de passageiros entre Parauapebas e o litoral, num percurso de mais de 900 km. Eles querem que a Vale pague todas as dívidas deles com os comerciantes de Parauapebas, uma cifra que ultrapassa os milhões de reais. Não é de hoje que os companheiros indíos prejudicam as pessoas erradas ao interferir nas atividades produtivas e prejudicar a economia local e nacional. De outra vez, eles paralisaram o trem porque queriam uma caminhonete F 1000 nova. Bom seria se cada um soubesse até onde vão seus direitos e deveres. Afinal, apesar de uma aparente anarquia, vivemos numa democracia.
Maestro, compositor, arranjador, tecladista... Trilheiro de primeira. José Lourenço, parceiro dos Fiapos, faz show amanhã, quinta-feira, às 21hs no Café Etílico. Ele sobe ao palco acompanhado por Widor Santiago (sax), André Tandeta (bateria) e Johnny Barreto (contrabaixo acústico). A direção musical é de David Hadjes. No repertório, muito jazz e MPB instrumental.
Av. das Americas 7380 Loja A
Alexandre Moreira Leite
It's only rock n'roll, but I like it.
Hermann Nass
Desde os tempos em que vivi na Alemanha - mais precisamente na Francônia, uma região da Baviera - me habituei a beber somente boas cervejas, entre as quais a Löwenbräu, de Munique.
O restaurante alemão Mikes Haus, em Santa Tereza, resolveu aderir aos costumes germânicos e fez seu próprio Oktoberfest, oferecendo duas canecas de cerveja ao preço de uma. Eu, que não sou besta, fui logo pegar a maior de todas as canecas e garantir minha cota em cada barril. Empolgado com a festa, o anfitrião Mike circulou o salão com um copo gigante, onde cabem quatro litros de chope. A farra continua até o final do mês.
Hermann Nass
Nos tempos de faculdade, por salas e corredores da Escola de Comunicação da UFRJ, fiz alguns amigos que me acompanham fielmente até hoje. Naquela época, pelos idos de 1980, Fernando Molica morava no Méier e vinha de fusca até a Praia Vermelha, onde estudávamos entre uma e outra atividade - política, cultural ou social - promovida pelo então combativo e incendiado movimento estudantil. Éramos todos de esquerda, contra o regime, e sonhávamos com um país livre. Tornamo-nos jornalistas, contadores de histórias e causos, protagonistas do fim da ditadura militar. Fizemos carreira, cada um do seu jeito, e viajamos por quintais do Brasil e do mundo.
Esta semana recebi um e-mail do amigo Molica que, além de continuar jornalista renomado e escritor, com três livros publicados - seu primeiro foi Notícias do Mirandão -, agora vai entrar para o mundo do cinema:
- Caros, é só para informar que assinei hoje o contrato para a filmagem do "Mirandão". O roteiro será feito pelo Ruy Guerra, que, possivelmente, também dirigirá o filme.
O que tudo isso a ver com a foto acima? Bom, a foto mostra o outro lado da Ladeira dos Tabajaras, em Botafogo, quase caindo sobre o São João Batista e fazendo moradores de classe média baixarem as cortinas. Quase uma promiscuidade social; ou o retrato de uma nova ordem social sem limites e com suas próprias regras e razões. Sabe qual a história contada em Notícias do Mirandão?
"Uma trama envolvente e emocionante onde universitários de esquerda se instalam numa favela, fazendo alianças com traficantes de drogas e instaurando princípios para uma nova revolução socialista no país".