sábado, agosto 12, 2006

O SOL (Nas bancas de revista)

Toninho Vaz
Martha Alencar: cuidando da memória nacional

Semana passada, fui encontrar alguns amigos no Cine Santa Teresa, na pré-estréia do documentário “O Sol, caminhando contra o vento”, que já tinha visto no Festival de Cinema, em abril. A diretora Tetê Moraes foi a grande ausência da noite, pois estava em Curitiba fazendo o lançamento do filme quando perdeu o avião. Minha amiga Martha Alencar, coo-roteirista da história do jornal que foi atração em 68, seria ovacionada ao término da sessão pelo distinto público que lotava (40 lugares) a pequena sala de projeção. Depois manteve um bate-papo com a platéia, onde os mais jovens (a maioria favelados) eram os mais animados.
Meu interesse era rever uma foto rara do Solar da Fossa, tema do meu próximo livro, que aparece rapidamente no filme.
O Sol, na verdade, era um encarte do Jornal dos Sports, o das páginas cor-de-rosa, e tinha um elenco de primeira: Reinaldo Jardim, Zuenir, Henfil, Cony, Luis Carlos Sá (o mesmo que faz música com Rodrix e Guarabira), Ana Arruda, Luis Carlos Maciel, Gil, etc.
A Martha, que já ostentou o título de única mulher na redação do Pasquim (a Dona Nelma não vale, era secretária administrativa), estava animada também com o final das filmagens de “Casa da Mãe Joana”, que o maridão Carvana está montando.
Foi uma noite agradável, quando o poeta Jorge, fazendo representar a verve dos Salomão (ele é irmão do Waly) saudava em altos brados a iniciativa de se resgatar a memória nacional do limbo do esquecimento.
Toninho Vaz



sexta-feira, agosto 11, 2006

HYPER REALISMO

EISBEIN

Hermann Nass

Tem tudo a ver, meus caros fiapos. Como meu pai é alemão, domingo vai ter Eisbein lá em casa, o famoso joelho de porco da culinária teutônica. Juro que comprei os joelhos lá na Casa do Alemão semana passada, antes da criação do glorioso Fiapo de Manga, inspirado em música da banda Joelho de Porco. Acho melhor não tocar a música "Mardito Fiapo de Manga" para papai durante o almoço. Ele poderia ficar bravo. Um fiapo dos grossos agarrado no canino.

DÊ UM WHO PARA O SEU PAI

Hermann Nass

Como o tema é música e no domingo é dia dos pais, resolvi me dar um presente e saí da loja com o cd "the very best of the Who". Tem muita gente que odeia coletâneas, mas confesso que me deixei dobrar por my generation, pinball wizard e mais 18 outras músicas reunidinhas, embaladas em um único cd. Quando me virei, meus olhos bateram no cd duplo do red hot chili peppers "stadium arcadium". Tive que levar também, afinal sou pai de dois filhos e mereço, pronto! Botei no lepitópi assim que cheguei na minha sala. Só posso recomendar. Não peguei nenhum fiapo e me dei bem nesse dia dos pais!

QUINZE ANOS LONGE DO JOELHO




Alexandre Moreira Leite

Antes que perguntem, vou responder. Sim, o Fiapo de Manga do título teve inspiração na música “Mardito Fiapo de Manga” do inesquecível e irreverente Joelho de Porco. Estávamos numa batalha árdua em busca de um nome para o blog. Quando chegávamos a um consenso, o nome já estava registrado. Nisso, na eletrola do meu computador começa a tocar Tico Terpins e sua turma. A reação foi imediata. Casava com tudo que pretendíamos para este tablóide internético. O nome estava escolhido.

Durante anos a fio, “São Paulo 1554- Hoje”, primeiro disco do grupo, teve lugar cativo na minha vitrola. Sempre começando pelos acordes da “Hey Gordão” e terminando no lado B (se você não sabe o que é isso, pergunte ao seu pai) com “Meus vinte e seis anos”. No meio, muitos fiapos de manga presos no maxilar inferior, vários trombadinhas querendo me assaltar, um índio medroso e muita tequila com água tônica. Um clássico do rock Brasil. O Joelho preencheu uma lacuna deixada pelos Mutantes. Vieram com a mesma pegada pesada e tropicalista (Arnaldo Baptista participa do disco). Um pouco mais anárquicos, irreverentes. Menos líricos e poéticos que os irmãos Baptista.

Por um vacilo qualquer, este meu disco desapareceu lá pelo início dos anos 90. Fiquei privado do Joelho até mês passado, quando pude resgatar “São Paulo 1554 – Hoje”. Ainda estou naquela fase de ouvi-lo todo dia, toda a hora. Continua bom, continua atual. Os fiapos de manga continuam se prendendo ao maxilar. Os trombadinhas continuam assaltando. Os índios estão cada vez mais medrosos. E o meu fígado ainda me permite doses de tequila.

Os Fiapos recomendam Joelho de Porco.

COISA PENSADA


A criação do espaço cultural FIAPO DE MANGA, que agora chega ao alcance do grande público, é resultado de muitas análises e profundas reflexões. A equipe aplicou neste projeto uma carga brutal de experiência e ociosidade, provocando um grande reboliço no mercado. Como o ovo de Colombo. Sem quebrar os ovos, os FIAPOS chegaram para mostrar que não são batatinhas.
No flagrante, Alê Leite se aproxima do estado “replicante” para colocar as conversas no futuro do pretérito.

quinta-feira, agosto 10, 2006

PORQUÊ FIAPOS

Nós somos os fiapos unidos. Assim como os elefantes, um fiapo incomoda muita gente, mas dois fiapos incomodam muito mais. Fiapos bem posicionados podem ser um exército e dar trabalho ao fio dental. Somos anárquicos na criação. Linha editorial definida pelo coração.

Vamos criticar com nosso espírito construtivista, com humor e ironia. Nossa interferência no mundo virtual vai acontecer na análise e re-interpretação dos fatos mais relevantes do dia-a-dia. Vamos tocar nos assuntos que todo mundo quer tocar, e que muitos não podem ou não devem. Feito fiapos intrometidos, nos metemos em todas as conjunturas, da política à esportiva, da econômica à cultural, da ecológica à sobrenatural...

Vamos também remexer as memórias pessoais, histórias e causos que precisam ser revelados ou relembrados. Temos a necessidade vital de apurar, relatar, opinar, discutir, repercutir... participar. Este também é o seu espaço. Participe com sugestões, textos, idéias, fotos, ironias despropositadas ou qualquer outra coisa.
Fiapo de Manga é uma opção à indiferença. Aceitamos tudo, menos dinheiro.